Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho

(São Paulo SP 1960)

Faz música, poesia, performances e intervenções em outros meios desde 1980. Cursou a Faculdade de Letras da USP, sem conseguir terminar. Editou as revistas de poesia Almanak 80 (1980), Kataloki (1981) e Atlas (1988). Publicou quatro livros de poesia: OU É (álbum de poemas visuais, 1983); Psiá (1986); Tudos (1990); e As Coisas (1992). Participou de diversas mostras de poesia visual no Brasil e no exterior, entre 1983 e 1994. Entre 1980 e 1981, integrou a Banda Performática, com a qual lançou um álbum em 1981. Integrou o grupo Titãs, com o qual lançou sete álbuns, de 1982 a 1992. Com a banda, realizou inúmeras excursões por todo o Brasil e ainda em Portugal, Estados Unidos e Suíça. Tem composições em parceria com Jorge Benjor, Marisa Monte, Gilberto Gil, Marina Lima, Arto Lindsay, Péricles Cavalcanti, João Donato, Cazuza, Carlinhos Brown, Roberto Frejat, Edgard Scandurra, Arrigo Barnabé, Paulo Leminski, Alice Ruiz e Roberto de Carvalho, além dos Titãs. Gal Costa, Jorge Benjor, Marisa Monte, Gilberto Gil e Caetano Veloso, Maria Bethânia, Marina Lima, Sandra de Sá, Barão Vermelho, Ney Matogrosso, Adriana Calcanhotto, Cássia Eller, Roberto de Carvalho, Cazuza, Ira! e Péricles Cavalcanti são alguns dos artistas que já gravaram suas canções. Lançou seu primeiro álbum-solo Nome (1993), acompanhado de um vídeo e um livro, compondo um projeto multimídia com poesia, música e animação em computador. Em 1995, lançou o álbum Ninguém, e, em 1996, O Silêncio.

IMPORTÂNCIA DE SUA OBRA
Arnaldo Antunes é um nome bem mais conhecido no Brasil como pop star, uma vez que foi líder de uma das mais famosas bandas brasileiras de rock: os Titãs. Durante os últimos três anos, entretanto, após romper com a banda, ele tem-se voltado a uma antiga paixão: a poesia. De fato, tal como Walter Silveira, Antunes tem sido um dos poetas mais talentosos da geração emergida do movimento da poesia concreta, tendo inclusive publicado várias antologias poéticas de sua autoria. Depois de 1992, ele muda o curso de sua poesia e começa a experimentar uma nova forma de literatura, feita no computador e destinada a ser lida na tela do aparelho de televisão. Utilizando recursos de computação gráfica e de vídeo, ele lança, em 1993, uma seleção de trinta impressionantes videopoemas (Nome), que combina letras animadas com cores mutantes, imagens tomadas por câmeras de vídeo, oralização e música. Tal como o Parabolic People, de Sandra Kogut, é mais um passo na direção de uma arte multimídia, capaz de combinar todas as artes anteriores numa síntese perfeita.